Gestalt-terapia
“Amadurecer significa assumir a responsabilidade pela própria vida.”
Fritz Perls
A prática clínica de cada psicóloga ou psicólogo é orientada por uma abordagem, o que nada mais é do que um referencial teórico e técnico. As abordagens psicoterapêuticas estão divididas tradicionalmente em três grupos, chamados de “forças”: psicanalíticas, comportamentais e humanistas.
A Gestalt-terapia é uma dessas abordagens ou um dos referenciais que pode orientar o trabalho em um processo de psicoterapia, assim como a Psicanálise, a Teoria Cognitivo-Comportamental a Abordagem Centrada na Pessoa, por exemplo.
É a Gestalt-terapia, uma abordagem humanista, que escolho para orientar meu trabalho como psicoterapeuta.
Os pressupostos filosóficos da Gestalt-terapia são o Existencialismo, o Humanismo e a Fenomenologia. Já seus fundamentos teóricos são a Teoria de Campo, a Teoria Organísmica e a Psicologia da Gestalt.
A Gestalt-terapia compreende o adoecimento como processo e não como estrutura. Assim, o sintoma é compreendido por essa abordagem como sinal de um ajustamento realizado para a autopreservação ou a sobrevivência psíquica. Na psicoterapia, é possível perceber em quais condições passadas esse ajustamento aconteceu, buscando observar se tem gerado sofrimento por ter se tornado obsoleto e limitante.
A partir daí, o trabalho acontece para promoção da abertura para o novo, para que a pessoa em acompanhamento possa criar estratégias mais eficazes para lidar com seus conflitos a partir dos recursos – objetivos e subjetivos – com os quais conta no momento.
A partir da Gestalt-terapia, a psicoterapia se trata de uma experiência dialógica. Dito de outro modo, a experiência acontece em uma relação psicoterapêutica, no encontro dialógico entre psicoterapeuta e cliente, que se atualiza a cada semana, por tempo indeterminado.
Como Gestalt-terapeuta, tomo a psicoterapia como uma experiência libertadora e transformadora: antes de deixar o corpo, as dores (até então reprimidas) circulam por ele na medida em que se traz à consciência as formas como se interrompe ou se inibe a pessoa atendida na expressão do que sente e na realização do que deseja. Por isso, a psicoterapia demanda tempo, comprometimento e, sobretudo, coragem.
A psicoterapia orientada pela abordagem Gestalt-terapia é para quem deseja viver (ou resistir) com responsabilidade, curiosidade, sensibilidade, criatividade, senso crítico, prazer, autonomia, coragem e autenticidade. Essa experiência é também para quem deseja sentir e expressar seus afetos, fazer escolhas e tomar decisões que satisfaçam suas necessidades, que honrem seus próprios valores e que realizem seus desejos mais genuínos.
Meu amor pela Literatura existe desde minha infância e me parece que a cada boa leitura se torna ainda mais bonito, forte e importante. Está entre as proezas que mais admiro essa de nomear o que a maioria de nós é capaz de sentir, mas não de elaborar, compreender ou expressar, especialmente por meio da linguagem verbal. Simplesmente me encanta o encontro das experiências com as palavras. Por isso, compartilho com vocês algumas das obras que mais me impactaram, influenciando minha visão de mundo e de mim mesma.
- A morte de Ivan Ilitch, de Leon Tolstói
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A morte é um dia que vale à pena viver, de Ana Cláudia Quintana Arantes
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Admirável mundo novo, de Aldous Huxley
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Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie